"A runner must run with dreams in his heart" Emil Zatopek

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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Educação e saúde

Eis uma resenha dos texto da disciplina higiêne e educação ministrada pela professora Claudia Miranda:



“Você aprende. A gente ensina?”.
Interrogando relações entre educação e saúde desde a perspectiva da vulnerabilidade

O próprio título do artigo propõe que de certa forma que os estilos de vida individuais contribuem para o desenvolvimento de agravos à saúde ou que não contribui para as praticas de promoção à saúde, ao mesmo tempo em que se foge da responsabilidade de ser um dos responsáveis pela pratica do fumo, que fica bem claro que neste contexto, que quem aprende, aprende sozinho, com outra pessoa, com a mídia, mas não comigo (o Autor da faixa); porque eu (o Autor da faixa) faço minha parte que é ensinar a você a se livrar de um hábito ruim...
No século XX, conceitos de risco em epidemiologia eram associados principalmente a fatores individuais de danos potenciais, deixando a entender que o risco estaria na ignorância, fraqueza, ou falta de interesse no cuidado de si, definindo formas “erradas e “certas” de viver”. Mas tarde este conceito é superado na epidemiologia passando a considerar que “fatores de risco” são constituídos de elementos indissociáveis dos marcos culturais e sociais em que se inscrevem e compõem situações complexas onde correr risco não é mais externo ao individuo, mas se inscreve, com ele, num complexo único de múltiplas dimensões; o conceito de risco em meados do século XX é intensamente desenvolvido e a partir da identificação de associações entre eventos ou condições patológicas e outros eventos e condições não patológicas causalmente relacionáveis. A vulnerabilidade é entendida como o movimento de considerar a chance de exposição das pessoas ao adoecimento como a resultante de um conjunto de aspectos não apenas individuais, mas também coletivos [e] contextuais; levando em consideração os três componentes interligados: individuo o social e o programático ou institucional.
Não sei se o mesmo acontece com as pessoas normais (boa sanidade mental), mas a primeira vez que li o título do artigo tive a impressão que este tal sujeito denominado “você”, aprende com o sujeito “ A gente” que ensina; ao ler a faixa afixada na parede do hospital fica claro que no sentido literal não é nada disto, mas pode ser tudo isso e um pouco mais que minha capacidade cerebral não consegue alcançar; porque quando eu dou uma fogueira acesa para um churrasqueiro eu estou ensinando à ele a não ser um bom lenhador e nem ao menos saber onde buscar madeira de qualidade em meio aos pampas, cerrado, agreste ou caatinga; não que ele esteja predestinado a vida todo ser dependente da minha fogueira, mas é um incentivo em tanto para quem já tem tanto trabalho para encontrar carne de qualidade. Creio que as condições ambientais nos ensinam a sermos o que somos pela viabilidade das condições encontradas. Não importa quem você é ou de onde você veio nem muito menos como você adquiriu este hábito.  Este artigo me remeteu à propaganda da do sabão “OMO” que o slogan dizia que “se sujar faz bem”... Mostrando crianças em atividades que contribuem para o desenvolvimento cognitivo e social com muita alegria e sujeira, como se tais praticas fosse inerentes indissociáveis a sujeira... O que não é verdade, a sujeira é um figurante que entra como protagonista na propaganda, para que as crianças se sujem mais e mais sabão em pó seja vendido, passando a falta ideia de que estar vulnerável à sujeira é está vulnerável ao prazer e a felicidade.
            Imagina só se a band-aid entra na mesma onda dizendo que “se lascar faz bem” mostrando pessoas se lascando jogando futebol, praticando ciclismo, correndo ou pleno ato sexual... Fumar, se sujar e se lascar são apenas momentos efêmeros que podem levar ao aprendizado, a felicidade instantânea, agravos á saúde, e também ao prazer exclusivamente masoquista. A crítica destas técnicas objetivas de transmissão de mensagens torna-se muitas vezes ineficaz, pois algumas vezes ficam na eminência da antiética.
Imagine uma corredora especialista na prova dos 3000 metros com obstáculos que sente dores no tendão de Aquiles e vai ao ortopedista fazer uma consulta, então o médico diz que ela não pode mais correr esta prova porque desta forma ela estará vulnerável a tendinose do calcâneo (a famosa tendinite de Aquiles); então esta atleta pendura as sapatilhas e depois de um ano sem correr fica obesa e depressiva. Neste caso fica evidente a falta de entendimento do médico, dos aspectos culturais e sociais intrínsecos ao contexto esportivo, tal dor poderia ter sido atenuada com massagens combinada com treinos de mínima flexão plantar.
Essa ideia de promoção da saúde ao mesmo tempo em que é um clichê nas ciências da saúde pode ser totalmente falsa, uma vez que o conceito de saúde é envolve muitos fatores por isto tal definição é muito complexa; porém segundo a OMS, diz que saúde é bem-estar em sua totalidade. Logo chego à conclusão que uma pessoa que se diz saudável é porque não suficientemente examinada de forma adequada. Um praticante de atividades física regular, estar também regularmente Vulnerável a agravos à saúde, seja este agravos intimamente associados às praticas corporais ou não. Por isto criei até uma aversão pela expressão “manutenção da saúde”, como se pode manter algo que você não tem? A busca pela saúde é tão incessante e inalcançável quanto o amor platônico, que me desculpem os que acreditam amar de tal forma.
            Então não custa nada lembrar que algo “bom” (atividade física) pode ser inerente a algo muito ruim ( agravos à saúde); na história da humanidade sempre foi assim; só lembrar da Afrodite deusa do amor da mitologia grega, mas antes de tudo ela é a deusa da encrenca afetiva; por fazer uso deste sentimento “tão bom”, além do mais Afrodite é a mãe de Eros (cupido, para os romanos), cujo o pai é uma incógnita, há versões que atribuem a paternidade a Hefesto, Hermes, Ares e Zeus; com certeza Afrodite seria considerada por muitos uma verdadeira piriguete. Enfim Eros é o tal sujeito que dispara flechas a torto e a direito fazendo acontecer amores, inconvenientes em muitos casos (só podia ser o filho da Afrodite). Tem coisa melhor que o amor? Mas o amor inconveniente pode trazer frutos indesejáveis; atividades físicas em prol da promoção da saúde “nas mãos” do profissional de saúde são como flechas nas mãos de Eros, que acredita estar somente fazendo o “bem” para as pessoas, mas Eros vê amor apenas como à paixão carnal assim como alguns profissionais da área da saúde vê a saúde dentro de uma única perspectiva e ambos recaem em sequencias de quiproquós. Como diria Nietzsche “O homem que se acha completamente bom é um idiota”.

Quem sou eu?

Sou Alan Ricardo, licenciado em educação física pela Universidade Federal da Bahia, especialista em Gestão Escolar pelo Instituto Federal do...